Governança e Compliance: luxo corporativo ou sobrevivência?

Quando falamos de governança e compliance, muita gente ainda torce o nariz.

“Isso é coisa de empresa grande.”  “Não cabe no meu orçamento.”  “É muito complexo, deixo para depois.”

Esse pensamento é mais comum do que deveria — especialmente entre pequenos empresários e donos de empresas familiares. Mas a verdade é uma só: governança e compliance não são luxos corporativos. São oxigênio. Sem eles, a empresa sufoca, estagna ou, na maioria dos casos, desaparece.

Não é burocracia. É antídoto.

Governança, compliance e processos não existem para burocratizar, e sim para proteger o negócio contra os quatro principais venenos que matam empresas — grandes ou pequenas, mas especialmente as familiares:

  • Centralização do poder: o famoso “só eu sei fazer”.
  • Confusão entre empresa e família: “meu genro é CFO porque sim”.
  • Falta de humildade para reconhecer os próprios limites.
  • Tabu em torno da sucessão.

Não é coincidência: mais de 90% das empresas no Brasil são familiares. E em muitas delas, o poder de decisão ainda acontece no almoço de domingo.

Na prática, quando a governança não existe, algumas das coisas que se vê:

  • O advogado ou contador (“amigo do dono”) é que resolve tudo no jeitinho.
  • O office boy virou CEO, CFO de confiança.
  • Conselho? Nem em sonho.
  • Departamento financeiro? Pra quê, se o dono usa a conta PJ como conta pessoal?
  • Acordo de Sócios? Não tem.
  • Contratação de terceiros? Fornecedores? É feito de acordo com a necessidade, sem grandes formalizações.
  • Processos? Não se tem controle ou acompanhamento.

Ou seja: a empresa está completamente despreparada e o dono também. Porque governança exige maturidade.

A boa notícia? Sempre é tempo de mudar e começar.

Por onde começar?

Não precisa ser complicado, nem caro. Mas precisa ser feito.

  • Separe o que é pessoal do que é empresarial. A empresa não é extensão da sua vida pessoal.
  • Implante uma contabilidade séria. Não dá pra gerir no feeling.
  • Contrate um profissional qualificado para cuidar das finanças. Não é favor, é função estratégica.
  • Crie um conselho consultivo. Mesmo que simples no início, já é um passo enorme rumo à profissionalização.

Arrume a sua casa. Empresas mal preparadas valem menos — ou simplesmente não valem nada.

Governança é liberdade!

Governança não é sobre controle, é sobre construir liberdade. Liberdade para crescer com segurança. Para atrair investidores. Para perpetuar o legado. Para descansar com a certeza de que o negócio não depende apenas de você.

A pergunta que fica é: Você está construindo um legado ou alimentando uma ilusão?

Pense nisso. E mãos à obra.

E se precisar de ajuda, a Neela está aqui pra te guiar.

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